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Um sincretismo saudável e coerente?

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Um sincretismo saudável e coerente? Empty Um sincretismo saudável e coerente?

Mensagem  Isis Sáb Jun 01, 2013 12:22 am




Um sincretismo saudável e coerente?



Será que todos os wiccanianos já pararam para pensar que, na verdade, ao
contrário do que querem nos fazer acreditar os magistas, é a Bruxaria a base do
Ocultismo e das Ciências Herméticas e jamais essas últimas a origem de nossas
crenças?



E não é difícil perceber e constatar isso. Traduzindo as práticas primitivas
da Bruxaria, como sendo o xamanismo comum aos primeiros grupos humanos, é
evidente que a Alta Magia foi criada e fundamentada milênios depois das Bruxas.

 

Existem muitas diferenças entre magos e bruxos, e a principal delas se dá a
partir da definição dos termos discutidos. A Magia, obviamente é caracterizada
pelo uso das energias existenciais do Cosmos para se moldar a realidade de
acordo com o desejo. A Bruxaria também é Magia, mas indubitavelmente podemos
afirmar que ela, nem de longe se limita a apenas isso. Como disse acima, a
Bruxaria se traduz em práticas xamânicas, e essas são basicamente interações
ESPIRITUAIS e DEVOCIONAIS para com as Divindades e Espíritos da Natureza. A
Magia mais primitiva, diz respeito muito mais à parceria humana com as energias
sutis - de uma maneira bastante respeitosa - do que as conjurações e
manipulações energéticas feitas pelos magos cerimoniais, aos moldes de Eliphas
Levi e Aleister Crowley. Esses jamais foram bruxos, e sim somente magos.

 

É também interessante perceber que a Bruxaria está diretamente relacionada à
realidade comum e natural, aquilo que IMPULSIONA O SER para a existência, ao
contrário da Alta Magia Cerimonial, que limita-se ao trabalho com as realidades
PROJETADAS PELO SER, e muitas vezes, surreal, fria e desnecessária. Falando em
palavras mais claras, a Magia Cerimonial somente surge à partir do desejo de
não mais pertencer às suas próprias bases naturais e origens primitivas; surge
a partir do desejo de querer ser melhor e superior ao resto da existência -
exatamente a mesma mentalidade que nos levou ao patriarcado e a atual cultura
de destruição do planeta e do mundo natural - ou seja - algo que nós bruxos
excessivamente repudiamos, pois consideramos o planeta nossas bases, e essas,
as próprias entranhas de nossa Mãe.

 

O que tudo isso quer dizer? Que o nosso trabalho de coletar as legitimas
práticas da Bruxaria e do Paganismo antigo, não pode limitar-se ao ato de
descristianizar os mitos e lavá-la da influência cultural vigente - nosso
trabalho deve se estender também no despir nossas práticas dos conceitos tão
pregados por esses famosos magistas, que na verdade, nada mais são que uma
distorção de nossa própria Bruxaria - simplesmente os mesmos conceitos
patriarcais e antinaturais, com um toque de demonização e descristianização.

 

É claro que isso não constitui um desestimular da leitura de obras dos
clássicos magistas. É muito importante estarmos bem informados a respeito
daquilo que queremos nos desvencilhar, até mesmo para poder reconhecer até onde
vai a Bruxaria, e onde realmente começa a Magia Cerimonial.

 

Como qualquer outra pessoa pública, Gardner, assim como Levi, Crowley, Blavasky
e Fortune, possuia muitos inimigos - e digamos que até hoje ainda possui, mesmo
depois de décadas após sua morte. A principal tentativa de denegrir a imagem e
os escritos dele, se dá quando acusam-no de ter incorporado conceitos magistas
quando ele lançou seus conhecimentos acerca de Bruxaria no mundo. O objetivo
era fazer as pessoas acreditarem que a Bruxaria era uma simples baboseira, e
que a verdadeira e única magia se limitava aos grandes magos cerimonais,
protegidos pelas sociedades secretas, que por sua vez eram protegidas pelo
dinheiro e pelos contatos governamentais.

 

Entretanto, é óbvia a contribuição de Gardner para o Paganismo contemporâneo,
inclusive para aqueles que supostamente carregam ancestralidade familiar. Ele
foi o primeiro a trazer tudo isso como uma crença viva, não com olhos de
expectador, mas de ativo participante. Até então, o que havia sido publicado
vinha da pena de autores como Charles G. Leland, que limitou-se à postura
pública de pesquisador; da Dra. Margaret A. Murray que era antropóloga e é
claro, dos famosos autores magistas, que apesar de terem sido ótimos magos e
escritores, tratavam de Magia Cerimonial, e não da Magia Pagã, aquela simples e
campesina (e despida de cristianismos) trazida de volta à tona por Gerald
Gardner. Foi só com o grande e bem aceito estouro do "Neo-Paganismo",
que as pessoas resolveram sair dos armários, já que o perigo, aparentemente
tinha-se transformado em atração. As bruxas oriundas de tradições familiares
sentiram-se mais seguras para denominarem-se como tais e por isso Gardner foi a
infantaria na marcha da Bruxaria para fora das sombras.

 

É indiscutível a influência magista sobre a Bruxaria Européia. Como sabemos, e
como muitos pesquisadores dizem, muitos bruxos e bruxas, aqueles que escaparam
da Inquisição, acabaram por se incluir nas sociedades secretas, em busca de
proteção e discrição necessária para a sua própria sobrevivência. Desses,
somente uma pequeníssima minoria escapou do sincretismo de filosofias, e
atualmente como podemos ver, a maioria daqueles que traz consigo o legado pagão
da Arte da Bruxaria, procura despir-se dos conceitos artificiais e
antinaturalistas pregados pela cultura vigente, incluindo, os paradigmas
mágico-ocidentais* que são estranhos ao Paganismo. A própria Bruxaria Italiana,
lança suas bases no paganismo latino-etrusco, que é milênios mais antigo que as
sociedades secretas, e o próprio Raven Grimassi tem feito o trabalho de aos
poucos despir a Stregheria dessa camada artificial de influência, como é bem
visível nos seus trabalhos mais recentes. Gardner não pôde escapar às
fortíssimas influências magistas de sua época, e é claro, da influência de
Crowley que segundo consta, era um de seus melhores amigos. Mas Doreen Valiente
(iniciada de Gerald Gardner e responsável pela prova de que ele realmente fora
iniciado pela bruxa hereditária Dorothy), contribuiu com o trabalho de separar
o joio do trigo e lançou ao mundo um trabalho legitimamente puro e simples, sem
as influências que Gardner carregou para o seu legado, e assim atualmente,
abundam os ensinamentos, obras e tradições que procurasm reconciliar-se com
suas raízes ancestrais, sem ter que estarem sempre ligadas a outras influências
para poderem ser bem aceitas e procurarem respostas que não acham em seus
tratados.

 

É interessante deixar claro que, não é objetivo aqui dizer que a Magia
limita-se ao trabalho com as energias projetas pelo Ser, e sim que os magos
cerimoniais limitam-se a esse tipo de trabalho, quando não, consideram-no
superior àquilo que eles persistem em chamar de "Baixa Magia", ou
seja, a Bruxaria. A Magia é muito ampla, e seria incoerência dizer que ela não
trabalha com as forças primevas e naturais. A Magia Natural é e sempre foi o
ofício da Bruxaria, que relacionada à devoção espiritual é e sempre foi um
caminho belíssimo e auto-suficiente. Em toda a parte do mundo, nas primeiras
manifestações religiosas, a Bruxaria sempre foi o sacerdócio. A Bruxaria só
começou a se tornar periférica e não-sacerdotal no momento do surgimento das
religiões patriarcais institucionalizadas, o berço das sociedades secretas
conhecidas atualmente, que aliando antigos conceitos mágicos à nova cultura,
teceram seus tratados mágico-ocidentais.

 

Hoje, vemos pessoas desmerecendo a Wicca por sua exposição pública, sendo que
não levam em conta que se não fosse por esse nome, o Paganismo estaria ainda
estagnado e essas pessoas, nem sequer teriam reencontrado e identificado seus
próprios legados ancestrais de uma maneira clara e direta. Vemos ainda, grandes
e pequeninos raivosos, que ao defender o tradicionalismo wiccaniano, esquecem
completamente que foi exatamente a renovação das tradições e sua exposição que
fez com que eles chegassem até essa estrada. Sinceramente, esse não é o
caminho. Ao menos não é o caminho daqueles que querem um futuro saudável para a
Bruxaria e o Paganismo. Ambos estão em processo de redescoberta, de
ressolidificação e de maior e melhor aceitação diante da sociedade. Esse
processo deve ser respeitado e críticas negativas internas só prejudicam e
desunem ainda mais. E obviamente, o persistir nos conceitos incompatíveis com a
Arte, só retarda ainda mais esse processo.

 

É por tudo isso, que não é prudente considerar válida a leitura de escritores
magistas como fonte para a Bruxaria, até mesmo porque, escritores magistas não
são bruxos. Como até mesmo pessoas favoráveis a essas obras admitem, quem lê
essas obras, acaba identificando alguns conceitos distorcidos pela visão
ocidental, que originalmente eram pagãos mas que foram usurpados das antigas
sebes e levados para os círculos do ocultismo - sendo assim, a leitura deve ser
indicada e considerada somente, como fonte de pesquisa histórica e de estudo
comparativo.



Da coerência, se faz uma das bases da integridade. E integridade é uma das
coisas que queremos para o legado que gostaríamos de deixar para aqueles que
virão depois de nós.

 

* NOTA:  O termo "ocidental" aqui não se limita a compreensão
acerca de hemisférios terrestres. O termo ocidental aqui refere-se à cultura
que atualmente está espalhada pelo mundo como sendo a mais notável e
importante, ou seja, a cultura judaico-cristã aliada à greco-romana clássica.
Podemos chamá-la de "mega-cultura", pois ela estende-se para cima e além
de inúmeras culturas e nacionalidades antigas e contemporâneas, incluindo a
nossa. A cultura ocidental é exatamente o contraponto da cultura pagã e foi a
responsável pelo seu quase desaparecimento. Assim como a cultura ocidental, a
cultura pagã nunca se limitou a culturas específicas, nacionalidades e etnias,
estando presente em absolutamente toda a parte do mundo, como pode ser
comprovado através dos estudos histórico-mitológicos, arqueológicos e
antropológicos. A utilização dessas designações como "culturas" diz respeito
a determinadas maneiras de enxergar as coisas, entendê-las e interagir com o
Universo.




fonte: http://br.groups.yahoo.com/group/Parnaso_Esoterico/message/10359
Isis
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